O índice de confiança dos consumidores portugueses subiu no terceiro trimestre face aos três meses anteriores, atingindo 70 pontos, um dos valores mais altos de sempre e ao nível da França, destaca um relatório da consultora Nielsen. Segundo o “Estudo Global de Confiança dos Consumidores”, que se baseou em respostas ‘online’ de mais de 30 mil consumidores de 63 países em todo o mundo, a confiança dos consumidores portugueses subiu cinco pontos, face ao segundo trimestre, e quatro em termos homólogos. O nível de confiança nacional ultrapassou assim o de países como a Finlândia (64), Itália (57) e Grécia (56), ficando a par do de França (69), enquanto a União Europeia registou 81 pontos e a média global alcançou os 99 pontos. O otimismo dos consumidores revela-se ainda no facto de 27% dizerem que Portugal não está em recessão e 15% acreditarem numa recuperação económica nos próximos 12 meses. Mesmo assim, 56% ainda admitem fazer um esforço para poupar nas despesas domésticas, uma percentagem inferior à registada no período homólogo (62%). No último ano, 62% pouparam nas despesas de lazer fora de casa, 56% cortaram no gás e na eletricidade e 56% gastaram menos a comprar roupa. Muitos consumidores pretendem manter estes comportamentos mesmo após melhorias na sua condição financeira: 44% querem continuar a poupar no gás e na eletricidade, 29% continuarão mais atentos às despesas fora de casa e 28% esperam reduzir as refeições ‘take away’ e 27% as compras de roupas novas.
Após as despesas essenciais, 51% dos portugueses usam o dinheiro que sobra para fazer algumas poupanças, enquanto 23% gasta o dinheiro em entretenimento fora de casa, muito aquém da percentagem registada em Espanha.
A principal preocupação indicada pelos consumidores portugueses é:
– equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal (28%), -saúde (25%),
– economia (24%), -segurança profissional (21%) e, – terrorismo (20%).
Para a generalidade da UE, o terrorismo continua a representar a maior preocupação (29%).