O grupo espanhol Lappí comprou a totalidade do capital da Gráfica Calipolense, uma das maiores em Portugal na produção de rótulos para o setor alimentar. Os novos donos prometem contratar mais trabalhadores. A operação foi concluida por cerca de 10 milhões de euros. Com esta operação, o grupo Lappí, pretende consolidar a liderança na Península Ibérica e converter-se numa das referências no Sul da Europa na área da rotulagem. Sobre a operação, Rui Coelho explica à comunicação social: “A oportunidade surgiu de uma coincidência. A Gráfica Calipolense queria crescer e expandir o negócio e o Grupo Lappi tinha os mesmos objetivos que nós. Durante as várias conversações que tivemos sentimos que partilhávamos a mesma filosofia e estratégia de negócio e avançamos para esta operação”. Todas as operações, estrutura, denominações e marcas continuam iguais, mantendo-se a mesma filosofia de trabalho. “O cliente poderá agora contar, com a mais valia de podermos oferecer mais produtos novos e mais capacidade de produção.”, afirma Rui Coelho, adiantando ainda que “a Gráfica Calipolense terá agora a possibilidade de maior crescimento em todas as áreas do negócio, a possibilidade de oferecer mais produtos, a possibilidade de vir a aprender e enriquecer mais o conhecimento, com um grande grupo aqui do país vizinho e irmão (Espanha)”. A Gráfica Calipolense teve início com o avô de José Carrasco, que começou a trabalhar ali aos 10 anos, e foi em 1974, quando saiu da tropa, que se dedicou a melhorá-la. Desde a altura, em que a sede ficava no centro de Vila Viçosa, já mudaram de instalações por duas vezes.
A trabalhar há mais de 50 anos no mercado gráfico, José Carrasco apostou, desde 2014, numa nova unidade de produção, a Carrasco Labels, e conta com o apoio das filhas, Antonieta Carrasco e Elizabete Carrasco, e os respetivos genros, Rui Coelho e Gonçalo Galrito, estando agora as duas unidades localizadas na zona Industrial de Vila Viçosa, numa área total com 21 000m2, dos quais 9000 m2 são de fábrica.
A Calipolense tem os principais clientes na área alimentar, em produtos como azeites, sumos, cervejas, vinhos e bebidas espirituosas. Tem uma equipa de 92 funcionários e um volume de faturação na ordem dos €10 milhões. Atualmente, a empresa exporta cerca de 20% da sua produção para destinos como Angola, Cabo Verde, Benim e São Tomé e Príncipe.