Estremoz está fora dos 129 concelhos que vão ter escolas encerradas, ao abrigo da reorganização da rede escolar para o ano letivo 2014/15. O Ministério da Educação e Ciência divulgou recentemente a lista dos 311 estabelecimentos de ensino do 1º ciclo que vão fechar portas por terem menos de 21 alunos.
Está desfeita a dúvida em torno do fecho das quatro escolas no concelho de Estremoz: Escola Básica de Stª Vitória do Ameixial, Escola Básica de S. Domingos de Ana Loura, Escola Básica de São Bento do Cortiço, e Escola Básica de Évora Monte. Destas, São Domingos era a que corria maior risco.
Na denominada Zona dos Mármores encerram duas escolas no concelho de Borba (Nora e Orada) e uma no concelho de Sousel (Santo Amaro).
O distrito de Viseu será o mais afetado, com o encerramento de 57 escolas. Ainda numa análise por distritos, em Coimbra encerram 24 escolas e em Braga, 17. No caso de Vila Real e Guarda, são 13 em cada um. Em Santarém, Évora e Portalegre, 12. Em Castelo Branco, 11. Em Beja, nove. No distrito de Setúbal são sete e no de Viana do Castelo e Faro serão fechadas três em cada um. Bragança e Lisboa, com duas escolas a fechar, são os distritos menos afetadas por estes encerramentos.
Sindicato defende crianças
O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) manifestou-se hoje contra o encerramento de escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico por razões economicistas, considerando que “as principais vítimas serão as crianças que as frequentam”.
Em comunicado, o sindicato realça que “este autêntico abate de escolas do 1.º Ciclo, por um único critério, o número de alunos, se arrasta há doze anos e já levou ao encerramento de mais de 6 mil 500 escolas”.
“Mais uma vez, estamos perante uma decisão política que visa, essencialmente, poupar dinheiro com a extinção de postos de trabalho docente, ainda que daí decorram sacrifícios grandes para milhares de crianças”, pode ler-se no documento.
Para o SPZS, “o reordenamento da rede de escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico deve obedecer a vários requisitos, entre outros, à distância para a escola de acolhimento, origem dos alunos e tempo de duração da deslocação diária e adequação do horário do transporte ao do funcionamento das atividades dos alunos”.
O sindicato considera que, na lista agora divulgada, “estes requisitos não estão completamente acautelados e, na grande maioria dos casos, não será com o parecer positivo dos municípios que o Governo irá encerrar estas escolas, ao contrário do que afirma”.
Foto (Público)
AC