Após a última reunião de Câmara, o Partido Socialista (PS) de Estremoz contestou, em comunicado, a contratação de advogados por parte da autarquia.

“Mais dinheiro para advogados? Nem pensar!”, intitula o documento.

“A Câmara Municipal de Estremoz propõe-se a gastar perto de 80 mil euros na prestação de serviços de assessoria e representação jurídica, em regime de avença. Isto é, o Município de Estremoz tem um serviço jurídico que funciona, mas o executivo acha que pode continuar a contratar serviços de advogados externos à CME, pagando-lhe verbas que, face às dificuldades que todos passamos são uma autêntica vergonha”, acrescenta.

No mesmo comunicado o PS escreve que “os vereadores do Partido Socialista José Alberto Fateixa e José Sadio votaram obviamente contra. Votaram a favor do pagamento de 79.200,00 euros o presidente da Câmara e os vereadores Francisco Ramos, Márcia Oliveira, Rita Laranjo e Sílvia Dias”.

Refira-se que a Câmara Municipal de Estremoz recorreu à Sociedade de Advogados PLML – cujos principais rostos são José Miguel Júdice e Luís Sáragga, para defesa de Luís Mourinha nos casos judiciais onde o edil está envolvido.

Depois de ter sido condenado por difamação e calúnia contra Eduardo Basso, ex-diretor do Jornal Ecos, já extinto, o autarca responde agora pelo crime de prevaricação por ter suspendido o subsídio municipal que era atribuído à Liga dos Amigos do Castelo de Evoramonte (LACE), presidida por Basso.

No primeiro caso, o Tribunal de Estremoz condenou Mourinha a pagar 160 dias de multa (1280 euros) e uma indemnização de 3500 euros, além das custas judiciais. Em declarações ao jornal Público, o autarca eleito pelo Movimento Independente por Estremoz, adiantou que vai recorrer da decisão “até onde for possível”. “Sinto-me indignado”, afirmou, acrescentando que se considera “alvo de uma campanha política de baixo nível”, levada a cabo pela oposição socialista no concelho.

No segundo caso, o julgamento começou no dia 1 de abril e teve nova sessão no dia 22 de abril. Prossegue no próximo dia 14 de maio, às 14.00 horas, no Tribunal de Estremoz.

Leia mais na edição impressa do Jornal E. Esta quinta-feira nas bancas.

AC